Olá, polêmicos de plantão! Já ouviu falar da Neo’s Connected, a primeira scooter elétrica da Yamaha no Brasil? Pois é, ela chegou prometendo revolucionar a mobilidade urbana com tecnologia de ponta e design futurista. Mas calma lá: o preço dela está causando mais espanto do que admiração. Por R$ 33.990, será que a Yamaha realmente quer popularizar os veículos elétricos ou está apenas surfando na onda dos “premiums”? A discrepância entre o valor cobrado aqui e no exterior é gritante, e isso levanta questões importantes sobre a real intenção das montadoras em democratizar essa tecnologia. Será que sustentabilidade virou sinônimo de exclusividade no Brasil? Fique comigo até o final deste texto e entenda por que a chegada da Neo’s Connected pode ser mais um capítulo frustrante na história dos elétricos no país. Sigam-me os bons!
O mercado de veículos elétricos tem ganhado espaço em todo o mundo, impulsionado pela necessidade de soluções mais sustentáveis para a mobilidade urbana. No entanto, no Brasil, as montadoras parecem ainda relutantes em tornar esses veículos acessíveis ao consumidor final. A chegada da Neo’s Connected, a primeira scooter elétrica da Yamaha ao mercado brasileiro, é um exemplo claro dessa aparente falta de interesse em democratizar o acesso à tecnologia elétrica.
Revelada oficialmente para o mercado nacional, a Neo’s Connected será comercializada a partir de fevereiro de 2025 por impressionantes R$ 33.990. Esse valor coloca o modelo em uma faixa premium, distante do público que busca alternativas econômicas e sustentáveis para o transporte urbano. Para comparação, sua antecessora, a Neo 125 (movida a combustão), era vendida por cerca de R$ 13.090 antes de sair de linha. O salto no preço é difícil de justificar, especialmente considerando que a Neo’s Connected é equipada com um motor equivalente ao de scooters de 50cc, conhecidas como “cinquentinhas”.
Um Produto Premium ou uma Barreira ao Consumo?
Embora a Yamaha promova a Neo’s Connected como uma solução moderna e sustentável para deslocamentos urbanos curtos, seu alto custo sugere que ela foi pensada exclusivamente para um nicho de consumidores. Com duas baterias removíveis de íons de lítio, autonomia estimada de até 71 km e modos de condução que incluem STD (40 km/h) e ECO (35 km/h), a scooter certamente oferece recursos interessantes. Contudo, seu desempenho limitado e o preço elevado dificilmente justificam o investimento para a maioria dos brasileiros.
No Reino Unido, onde a scooter já está disponível desde 2022, o modelo sai por aproximadamente R$ 26.000 na versão com duas baterias. Mesmo com a produção localizada em Manaus, o preço brasileiro ainda supera o internacional em cerca de R$ 8 mil. Essa discrepância levanta questionamentos sobre a real intenção das montadoras em facilitar o acesso a veículos elétricos no país.
Uma Tecnologia Sustentável… Mas para Poucos
A Yamaha apresenta a Neo’s Connected como parte de sua estratégia de inovação e compromisso ambiental. O modelo traz tecnologias avançadas, como faróis de LED, sistema integrado Yamaha Integrated Power Unit (YIPU) e conectividade com smartphones via painel digital LCD. Além disso, o alerta luminoso de \”Tartaruga\” — que reduz automaticamente a velocidade quando a carga da bateria cai abaixo de 20% — demonstra preocupação com a experiência do usuário.
Porém, essas inovações não parecem suficientes para compensar o alto custo do produto. Enquanto a ideia de veículos elétricos é promover economia e reduzir emissões poluentes, o preço da Neo’s Connected parece contradizer essa premissa. Para muitos consumidores, adquirir uma scooter elétrica nessa faixa de preço não representa uma economia significativa em comparação a modelos tradicionais movidos a gasolina.
A Relutância das Montadoras
A discrepância entre os valores praticados no Brasil e no exterior reflete uma tendência preocupante: as montadoras parecem não priorizar o incentivo ao consumo de veículos elétricos no país. Ao invés de apostar em modelos acessíveis que atendam às demandas de mobilidade urbana, empresas como a Yamaha optam por lançar produtos voltados para nichos de alta renda. Isso cria uma barreira para a popularização da tecnologia elétrica, deixando o consumidor comum à margem dessa transformação.
Outro ponto crítico é a ausência de políticas públicas robustas que incentivem a adoção de veículos elétricos no Brasil. Enquanto países europeus oferecem subsídios, isenções fiscais e infraestrutura adequada para recarga, o Brasil ainda engatinha nesse aspecto. Sem apoio governamental e com preços pouco competitivos, fica evidente que as montadoras não estão genuinamente comprometidas em expandir o uso de veículos elétricos entre a população.
Opinião do Guru
A chegada da Neo’s Connected ao Brasil marca um avanço importante, mas insuficiente. Embora a Yamaha tenha investido em tecnologia e design, o alto custo do modelo revela uma clara falta de interesse em tornar os veículos elétricos acessíveis ao grande público. Se o objetivo é realmente promover uma mobilidade mais limpa e econômica, as montadoras precisam repensar suas estratégias e trabalhar em conjunto com o governo para criar condições favoráveis ao crescimento desse mercado.
Até lá, a Neo’s Connected permanece como um símbolo de exclusividade — um produto destinado a poucos, enquanto a maioria dos brasileiros continua presa aos velhos motores a combustão.









