Himalayan 450 vs Scrambler 400 X: Quem engole poeira?

Olá, polêmicos de plantão! Hoje temos um duelo empolgante entre duas motos que estão fazendo barulho no mercado: de um lado, a robusta Royal Enfield Himalayan 450, do outro, a estilosa e refinada Triumph Scrambler 400 X! Vamos analisar cada detalhe técnico, destrinchar vantagens e diferenças e descobrir qual das duas realmente merece a sua garagem. Está preparado? Então aperta o capacete, acelera comigo e, sem mais delongas, sigam-me os bons!


Poucas marcas de motocicletas conseguem ultrapassar um século de existência mantendo seu prestígio intacto, conquistando gerações e adaptando-se aos novos tempos sem perder sua identidade. Nesse seleto grupo, destacam-se a britânica Triumph Motorcycles e a hoje indiana Royal Enfield, ambas exemplos vivos da resiliência e paixão pelo universo das duas rodas.

A Triumph Motorcycles, com 123 anos de tradição desde que produziu sua primeira moto em 1902, consolidou-se mundialmente com modelos que se tornaram lendas do motociclismo, como a Bonneville, a Tiger e a Rocket 3. No Brasil, sua história começou oficialmente em novembro de 2012, quando inaugurou sua primeira concessionária em São Paulo, trazendo motos que rapidamente conquistaram o mercado premium nacional. A partir de 2013, com a abertura de sua fábrica em Manaus, a Triumph passou a oferecer modelos montados localmente, fortalecendo ainda mais sua presença entre motociclistas brasileiros que valorizam estilo, desempenho e a tradição britânica.

Do outro lado, temos a Royal Enfield, que, embora fundada no Reino Unido em 1901, hoje é reconhecida como uma marca essencialmente indiana após a migração total de sua produção para a Índia em 1971. Sob o controle da Eicher Motors desde 1994, a Royal Enfield transformou-se em um fenômeno global, aliando sua herança histórica britânica com uma produção moderna e acessível. No mercado brasileiro, modelos como a Hunter 350, Meteor 350 e a Classic 350 rapidamente ganharam popularidade pela combinação equilibrada de estilo retrô, robustez e preço competitivo, sendo escolhas ideais para quem busca um estilo marcante com praticidade para o dia a dia.

Cada uma com seu legado distinto, Triumph e Royal Enfield simbolizam não apenas o passado glorioso das motocicletas clássicas, mas também a capacidade de reinventar-se continuamente, mantendo-se relevantes e desejáveis em um mercado que jamais deixa de evoluir.

Depois dessa viagem no tempo e na história de duas marcas icônicas, é hora de colocar frente a frente as duas estrelas dessa disputa técnica. Qual será que leva a melhor na prática, a robusta Himalayan 450 ou a estilosa Scrambler 400 X? Bora acelerar fundo nessa comparação e descobrir quem domina cada quesito!


Ambos os modelos têm motores monocilíndricos, DOHC, 4 válvulas e refrigeração líquida. Porém, a Himalayan leva vantagem em cilindrada (452 cm³ vs 398 cm³ da Scrambler), potência equivalente (ambas com 40 cv a 8.000 rpm), mas um torque ligeiramente maior (40 Nm vs 37,5 Nm da Scrambler).


Ambas têm câmbio de 6 marchas e embreagem deslizante assistida. Isso garante maior suavidade e segurança em reduções agressivas.


A Himalayan se mostra uma moto maior e mais robusta, com maior distância entre-eixos (1.518 mm vs 1.418 mm da Scrambler), maior altura em relação ao solo (230 mm vs 195 mm) e também maior peso (198 kg vs 179 kg). A Scrambler, mais leve e compacta, tende a oferecer mais agilidade urbana, enquanto a Himalayan brilha mais em aventuras off-road.


A Himalayan vem equipada com suspensões de maior curso (200 mm dianteira e traseira contra os 150 mm da Scrambler), o que favorece uso off-road mais exigente. Ambas possuem freios dianteiros de 320 mm, mas a Scrambler tem uma pinça radial de 4 pistões mais refinada, enquanto a Himalayan leva uma pinça convencional.


Ambas têm faróis e piscas em LED, mas a Himalayan se destaca com um painel TFT colorido, oferecendo mais recursos tecnológicos, incluindo navegação integrada e modos de pilotagem (ABS ajustável, modos de condução). Já a Scrambler aposta num painel híbrido (analógico-digital) mais clássico, porém, com controle de tração ajustável, ausente na Himalayan.


A Himalayan oferece uma velocidade máxima estimada um pouco superior (até 160 km/h vs até 150 km/h da Scrambler) devido à maior cilindrada, além de uma configuração mais orientada ao desempenho robusto para viagens mais longas.


A Himalayan é mais acessível, partindo de R$ 29.990 contra os R$ 33.990 iniciais da Scrambler 400 X, com garantia de fábrica de 3 anos, enquanto a Triumph oferece 2 anos. Contudo, a Triumph aposta na exclusividade e confiabilidade da marca e no acabamento premium, o que acaba por justificar a diferença no valor.


Para não restar dúvidas e ficar mais fácil a visualização das semelhanças e diferenças, segue tabela com as fichas técnicas dessas duas máquinas.

Especificação Royal Enfield Himalayan 450 Triumph Scrambler 400 X
Motor Monocilíndrico, 4 tempos, DOHC, 4 válvulas Monocilíndrico, 4 tempos, DOHC, 4 válvulas
Cilindrada 452 cm³ 398,15 cm³
Diâmetro x Curso 84 mm x 81,5 mm 89 mm x 64 mm
Refrigeração Líquida Líquida
Potência Máxima 40,02 cv a 8.000 rpm 40 cv a 8.000 rpm
Torque Máximo 40 Nm a 5.500 rpm 37,5 Nm a 6.500 rpm
Taxa de Compressão 11,5:1 12:1
Combustível Gasolina Gasolina
Câmbio 6 marchas 6 marchas
Transmissão Final Corrente Corrente
Embreagem Multidisco em banho de óleo, assistida e deslizante Multidisco em banho de óleo, assistida e deslizante
Comprimento 2.245 mm 2.117 mm
Largura 852 mm 825 mm
Altura 1.316 mm 1.190 mm
Distância entre Eixos 1.510 mm 1.418 mm
Distância do Solo 230 mm 195 mm
Altura do Assento 825 mm (ajustável a 845 mm) 835 mm
Peso em Ordem de Marcha 198 kg 179 kg
Capacidade do Tanque 17 litros 13 litros
Chassi Berço duplo em aço Estrutura perimetral em aço tubular
Suspensão Dianteira Garfo invertido Showa SFF, 43 mm, curso de 200 mm Garfo invertido (USD) 43 mm, curso de 150 mm
Suspensão Traseira Monoamortecedor com links, curso de 200 mm Monoamortecedor a gás, curso de 150 mm
Roda Dianteira 21″ raiada 19″ alumínio fundido
Roda Traseira 17″ raiada 17″ alumínio fundido
Pneu Dianteiro 90/90-21 (CEAT) 100/90-19 (Metzeler Karoo Street)
Pneu Traseiro 140/80-17 (CEAT) 140/80-17 (Metzeler Karoo Street)
Freio Dianteiro Disco de 320 mm, pinça de 2 pistões, ABS Disco de 320 mm, pinça radial de 4 pistões, ABS
Freio Traseiro Disco de 270 mm, pinça de 1 pistão, ABS desligável Disco de 230 mm, pinça de 1 pistão, ABS
ABS Canal duplo, comutável Canal duplo, desligável
Painel de Instrumentos TFT colorido 4″, conectividade Bluetooth e GPS Velocímetro analógico + LCD digital
Modos de Pilotagem Performance e ECO Controle de Tração desligável
Farol LED LED com DRL
Lanterna Traseira e Piscas LED LED
Velocidade Máxima 150-160 km/h 145-150 km/h
Consumo Médio 28,15 km/l 24,4 – 26,3 km/l
Autonomia Teórica 478 km 317-342 km
Preço no Brasil (março 2025) R$ 29.990 a R$ 31.990 R$ 33.990
Garantia 3 anos 2 anos


A Royal Enfield tem se mostrado uma marca honesta e inovadora, trazendo ao mercado opções acessíveis que permitem que muitos realizem o sonho de ter uma moto de maior cilindrada sem comprometer tanto o orçamento. A Himalayan 450, por exemplo, se destaca pela robustez, excelente autonomia e conforto para trajetos variados, sendo uma escolha ideal para quem busca aventuras off-road mais exigentes.

Por outro lado, a Triumph, consolidada há 12 anos no Brasil, oferece uma proposta premium que pode valer a pena considerando a pequena diferença de valor entre os modelos. A Scrambler 400 X, além do visual sofisticado, entrega agilidade, refinamento tecnológico e versatilidade para uso urbano e off-road, sem histórico frequente de problemas mecânicos.

Se a escolha for baseada no custo-benefício e na proposta de aventura, a Himalayan 450 é uma excelente opção. Mas se o critério for sofisticação, confiabilidade e tradição de marca, a Scrambler 400 X se sobressai como uma escolha segura e elegante.


Galeria Scrambler 400x

Galeria Himalaya 450


Nessa matéria, nosso objetivo foi oferecer a você informações suficientes para que possa fazer a sua escolha de forma consciente, levando em consideração aqueles quesitos que são mais importantes para o seu uso e forma de pilotagem. E aí, queremos saber o seu veredito: quem saiu vencedor nesse confronto? Dê sua opinião nas nossas redes sociais.

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