E aí, polêmicos de plantão! O iFood, aquele que você conhece por salvar jantares e destruir dietas, agora resolveu ir além do delivery: quer também entregar a moto. E não qualquer moto… elétrica, claro! Porque salvar o meio ambiente virou a nova febre corporativa e ninguém quer ficar de fora da trend verde.
No último 31 de março, o iFood anunciou um plano ambicioso (ou seria ousado demais?) de produzir 600 mil motos elétricas por ano até 2035, em parceria com a YvY Capital. Tudo isso começando com um investimento inicial de US$ 7,5 milhões (ou uns bons R$ 43 milhões, dependendo do humor do dólar).
Mas o que tem por trás dessa marcha acelerada rumo ao futuro elétrico? Segundo a empresa, a meta é reduzir custos, emissões e, claro, parecer muito alinhada com o discurso sustentável do século. Afinal, motos a combustão representam 53% das emissões nas entregas de última milha, e trocar tudo isso por veículos elétricos poderia cortar até 14,25 milhões de toneladas de CO₂ por ano. Parece ótimo no papel, né?
E os motoboys, como ficam nessa história? A promessa é de economia: menos gasolina, menos oficina e até 40% mais dinheiro no bolso. A diretora de Logística Sustentável do iFood, Renata Torres, disse que é “um ganho direto no bolso, além de mais segurança e tecnologia”. Tudo muito bonito… mas será que essa preocupação toda é com o trabalhador ou com a própria imagem da empresa?
Populismo sobre duas rodas?
Vamos combinar: a narrativa é linda. Sustentabilidade, tecnologia, futuro limpo… Mas também tem um certo aroma de populismo tech. Ao assumir o papel de montadora e entregar motos próprias para sua base de 360 mil entregadores, o iFood se aproxima perigosamente de um modelo de dependência verticalizada. Tipo: “você trabalha com a gente, na nossa plataforma, com a nossa moto”. E isso levanta uma pulga elétrica atrás da orelha: será que é liberdade ou só mais uma forma de controle disfarçado de inovação?
Entre testes com a Voltz, parcerias com Vammo e Riba, e planos para atrair US$ 1 bilhão em investimentos, o iFood está pavimentando uma estrada futurista. Mas é sempre bom lembrar que estrada boa também precisa de fiscalização. Vamos acompanhar e ver no que isso vai dar, se vai mesmo beneficiar quem está na ponta da entrega ou se é só mais um marketing de alta voltagem.
E aí, curtiu o conteúdo? Se você gosta de questionar o que parece óbvio, rir (ou chorar) com as ideias do mundo moderno e ficar por dentro do que realmente importa “mesmo que doa”, segue o Guru Polêmico! Aqui a gente informa, questiona, provoca e, vez ou outra, entrega uma boa risada. Compartilha, comenta, manda pra aquele amigo que adora tretar no grupo da família… E, claro: polemize sem moderação.
