Sem Certificação, Vale Usar Militec no Motor?

Olá, Polêmicos! Hoje vamos abordar um tema bastante discutido na internet: usar ou não Militec na motocicleta? Muitos dizem que não é recomendado, enquanto outros utilizam há bastante tempo e só têm boas experiências para compartilhar. Então, fica a pergunta: usar ou não usar? Para responder, fomos atrás de informações confiáveis e vamos trazê-las para você neste post. Vamos apresentar os pontos positivos e negativos das informações que encontramos. Como de costume, sigam-me os bons!


O Militec-1 surgiu originalmente nos Estados Unidos, desenvolvido para aplicações militares e industriais que demandavam máxima eficiência em lubrificação. Inicialmente concebido para uso em armamentos, peças de aeronaves e veículos militares, o Militec-1 foi projetado para suportar condições extremas de pressão, atrito e temperatura. Com o tempo, sua eficácia se tornou conhecida além do segmento militar, estendendo-se ao uso civil, incluindo motores de automóveis, embarcações e motocicletas. No Brasil, o produto ganhou notoriedade ao se destacar como um condicionador de metais, integrando-se à superfície metálica e reduzindo o atrito internamente, o que promove um melhor desempenho e maior vida útil às peças.


As motocicletas, especialmente as que possuem embreagem banhada em óleo, exigem um ambiente de lubrificação equilibrado. Enquanto óleos convencionais criam uma película superficial para reduzir o atrito, o Militec-1 adere quimicamente ao metal, formando uma camada protetora em nível molecular. Isso resulta em:

  • Redução do atrito e do desgaste: Prolongando a vida útil das peças internas.
  • Melhor dissipação de calor: O motor trabalha em temperatura mais equilibrada.
  • Funcionamento mais suave: Menos ruídos e vibrações.
  • Manutenção da aderência da embreagem: O Militec-1 não cria película “escorregadia” sobre os discos de embreagem, permitindo seu funcionamento normal.

  • De onde veio o Militec-1?
    O Militec-1 tem origem nos EUA, desenvolvido inicialmente para uso militar, visando reduzir atrito e desgaste em condições de pressão e temperatura extremas, e posteriormente aplicado ao mercado civil.
  • Como ele atua no metal?
    O produto reage quimicamente com a superfície metálica, criando uma camada molecular que reduz o contato metal-metal, diminuindo o atrito sem formar depósitos ou resíduos.
  • É seguro usar Militec-1 em motos com embreagem banhada a óleo?
    Sim. O Militec-1 não interfere nos materiais de fricção da embreagem. Em sua composição atual, não possui cloro, não forma camadas indesejadas e não provoca patinação, desde que aplicado conforme as recomendações do fabricante.
  • Qual a dosagem recomendada?
    Geralmente, utiliza-se entre 6% a 7% do volume total de óleo, seguindo as instruções fornecidas pelo fabricante, garantindo assim a máxima eficiência do produto.
  • Quais as principais vantagens no motor da motocicleta?
    O Militec-1 reduz o atrito, diminui o desgaste, melhora a eficiência térmica, reduz ruídos e vibrações, além de potencialmente contribuir para economia de combustível e aumento da vida útil do motor.
  • Como garantir a autenticidade do produto?
    Adquirir apenas de revendedores autorizados, analisar a embalagem e o rótulo, conferir o número de lote, data de fabricação e, em caso de dúvidas, consultar o fabricante é fundamental para assegurar a originalidade do Militec-1.
  • O Militec-1 contém cloro ou substâncias prejudiciais?
    De acordo com o fabricante, não contém cloro. Sua formulação é segura, estável e não prejudica o óleo ou o motor, mantendo as características originais do lubrificante sem formar depósitos.

        Pois é, pessoal, até aqui tudo parece ser um sonho. Afinal, quem não quer garantir mais vida para o motor da sua motocicleta? Mas, como em qualquer conto de fadas, tem a parte ruim. Agora o lobo mau da história entra em cena e começa a criar inúmeras pulgas atrás da orelha. E, como havíamos dito no início, iremos trazer tudo o que for possível de informação para deixar claro se vale a pena ou não usar o Militec.


        Até onde é possível verificar por meio das informações públicas disponíveis, não existe uma certificação ISO ou um \”selo de garantia\” específico do governo norte-americano que ateste ou garanta formalmente o uso do Militec-1. Veja abaixo as informações disponíveis.

        • Certificação ISO e Certificações Oficiais: Até onde é possível verificar em fontes oficiais públicas, não existe certificação ISO para o Militec-1. O fabricante não apresenta nenhum certificado de organismos internacionais de padronização, tampouco certificações governamentais norte-americanas que atestem sua eficácia ou segurança. Essa ausência de certificações formais é confirmada pelo próprio histórico do produto: o Militec-1 não divulga em seu site oficial ou materiais de marketing nenhum selo ISO ou similar.
        • Testes e Reprovações por Órgãos dos EUA (Ex. Marinha dos EUA): Existem relatos documentados na década de 1990 sobre testes de aditivos similares ou do próprio Militec-1 pelas Forças Armadas dos EUA (incluindo testes pelo Exército e possivelmente pela Marinha). Algumas publicações independentes e relatórios informais indicam que, em testes realizados em meados da década de 1990, foram encontradas falhas na proteção ao desgaste, especialmente em condições severas, e menções à presença de compostos clorados.

        Fontes como relatórios técnicos do Exército dos EUA (Army) indicaram que o Militec-1 não cumpria determinados requisitos quando comparado a lubrificantes convencionais militares (MIL-SPEC). Embora não seja simples encontrar um documento oficial público da Marinha dos EUA especificamente \”reprovando\” o Militec-1, é fato que órgãos das Forças Armadas norte-americanas não adotaram o produto como lubrificante padrão e não emitiram certificações positivas após tais testes. O histórico, em geral, é de rejeição do produto como substituto aos lubrificantes recomendados pelas normas militares.

        • Presença de Cloro na Fórmula: A presença de compostos clorados no Militec-1 é um ponto controverso. A formulação original do produto envolvia compostos clorados (normalmente cloroparafinas), conforme consta em patentes e fichas de segurança antigas. Já a fabricante, atualmente, afirma que o produto não contém cloro. Essa divergência pode ser explicada por mudanças na formulação ao longo do tempo ou omissão das concentrações.

        No entanto, diversos testes independentes e informações técnicas levantadas por órgãos e pesquisadores sugeriram a presença de compostos clorados, ao menos em determinadas épocas, o que poderia acelerar a corrosão e gerar subprodutos prejudiciais ao motor.

        • Posicionamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) no Brasil: A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) já emitiu notas e relatórios técnicos informando que o Militec-1 não é um aditivo autorizado para uso em combustíveis e não se enquadra nas especificações técnicas exigidas para tal categoria. Além disso, a ANP já apontou a falta de informações claras sobre a composição do produto, incluindo a presença ou não de cloro, e desaconselhou seu uso como aditivo em combustíveis. Cabe ressaltar que as atribuições da ANP envolvem principalmente combustíveis, e não lubrificantes, mas seu posicionamento é uma referência técnica. Ainda assim, mesmo não sendo um aditivo de combustível autorizado, a ANP não emite um “selo” ou “certificado” de reprovação, mas sua análise negativa serve de indicativo da ausência de garantias oficiais.

        Em resumo, a credibilidade do Militec-1 está mais relacionada ao seu histórico de uso do que a certificações oficiais divulgadas ao público. Entretanto, a ausência de certificações ISO ou selos de órgãos reguladores levanta dúvidas quanto à sua regulamentação e confiabilidade técnica.


        O Militec-1 se apresenta como uma inovação na proteção de motores e componentes mecânicos. Ele afirma que, ao se integrar à superfície do metal, prolonga a vida útil das peças e otimiza o desempenho. Para motociclistas, o produto promete benefícios claros, como menor atrito, menor desgaste, estabilidade no funcionamento da embreagem e controle mais eficiente da temperatura de operação. Isso facilita a manutenção, reduz os custos com reparos e proporciona uma pilotagem mais suave e confortável. Parece quase uma solução mágica para o motor, não é mesmo?

        No entanto, há inúmeros testes disponíveis na internet que levantam dúvidas sobre a imparcialidade dos resultados, já que muitos podem ser patrocinados pela própria Militec. Essa incerteza reforça a necessidade de uma certificação oficial, que traria mais segurança para os consumidores. Afinal, sem um órgão fiscalizador que garanta a eficácia do produto, a situação fica nebulosa. E sem essa garantia, será que vale mesmo a pena continuar confiando no produto?

        Polêmicos, vimos inúmeras vantagens sobre o Militec e boas explicações mas, no final, fica claro que o uso é de extrema responsabilidade da sua parte e que, se algo der errado, não há a quem recorrer. Afinal, a maioria dos fabricantes de óleo e nem os manuais de serviço indicam usar algum aditivo em seu óleo. Vale a pena pensar se correr o risco compensa ou não. Espero ter ajudado, e fiquemos atentos e torcendo para que uma certificação desse tipo apareça. Até a próxima!

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